segunda-feira, 10 de maio de 2010

11

Ficou por mais algum tempo navegando pela internet até que resolveu descer e comer algo. Chegando a cozinha viu que sua mãe já tinha ido dormir. Ela tinha feito um bolo que realmente estava com uma cara deliciosa e um suco de laranja tão gostoso que só de olhá-lo deixava Math morrendo de sede.
Depois de ter se alimentado, notou que por um tempo seus pensamentos tinham se desconectados de Angel, mas até lembrar disso, passou a ficar a madrugada toda pensando na garota.
Era um tanto que desajeitado a forma que pensava, uma mistura de pensamentos mal organizados que refletiam em "Será que ela ira amanha?" ou "Quero muito ir para escola". Math era realmente bipolar, um dia atrás mal queria se levantar da cama e ir para escola e hoje é como se realmente tivesse toda a motivação do mundo possível para cometer esse ato diariamente.
Voltou para seu quarto e tentou dormir e se revirando para todos os lados da cama desistiu, resolveu então ir até a janela e olhar o céu. Math tinha essa mania de se desprender de tudo apenas olhando o céu. Mesmo com a escuridão a lua refletia nas pequenas nuvens que teimavam em esconder as brilhantes estrelinhas, só que o garoto sempre encontrava uma ou outra que até dava a impressão de estar sorrindo para ele.
Observando o céu Math juraria de joelhos que sentiu uma estrela lhe perguntando no pensamento:

"Se você fosse capaz de voar, até aonde voaria agora?"

Math poderia até negar para si mesmo, mas o que realmente valeria era o que veio em imediato em sua cabeça "A casa de Angel". A madrugada era um verdadeiro copo transbordando paixão. Aquela euforia com ansiedade que não deixava Math fechar os olhos e dormir, chegava até ser muito mais gostosa de se sentir do que a dor maravilhosa de se fazer uma tatuagem.
A lua bem no alto chamou muito a atenção de Math, tinha um ar cabisbaixo e triste. O garoto pensava "Poxa lua, por que me olha assim tão triste?" e sem respostas pensava que mais triste ainda ela ficava. Com os braços apoiados na janela comentou:
- Devo te entender, é como você se sente quando não vê o sol ou por ficar tão longe dele.- Passando a mão entre os cabelos e caindo lentamente para a cama sem perder a lua de foco, volto a dizer.- É como o sorriso que vi ontem, estava lá para mim. Como o sol esta para você. Só que eu não o podia tocar, como você lua, não poderia tocar o sol.
Aquela palavras soavam tão tristes e com sentimentos, que seria capaz de nascer uma flor no mundo com a lagrima de cada ser humano que a ouvisse.
Nunca teria visto a não ser por Math, uma conversa tão intima com a lua, o garoto parecia fazer aquele momento como o único de todo o mundo, é como em especial que as nuvens lhe dessem o privilegio de ter a conversa com a triste e solitária lua.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contador de visitas

Desenvolvimento de sites