quinta-feira, 6 de maio de 2010

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Chegando ao pátio da escola, viu diversas pessoas que matavam a saudades e que também já discutiam, comiam, sorriam e todas essas coisas que pessoas felizes fazem ou não.
Math ficou observando e tentando encontrar alguém que conhecesse, para que não ficasse sozinho em pé e que todos o olhassem como um boboca. Desistiu. Resolveu então seguir mais um pouco pelo canto perto do bebedor e se encostar na parede, colocando as duas mãos dentro dos bolsos da calça jeans. Math se sentia muito confortável com calça jeans e gostava de usar quase todo o tempo. Mal ele sabia que muitas garotas achavam um charme a forma em que se encostava na parede com uma perna apoiada no chão e outra levantada com a sola do pé encostada também na parede e é claro o charme das mãos nos bolsos.
Se passou alguns segundos e tudo que Math queria era saber aonde estava a garota da sua sala. Ficou procurando, olhando e as vezes disfarçava quando a via sentada conversando com algumas outras garotas. A garota notou os disfarçados olhares de Math e começou a encará-lo com delicadeza. Os olhares se enfrentavam de uma forma de desejo intenso, que nem mil palavras conseguiriam descrever aquele momento. Era questão de segundos, mas para Math lhe soava como horas e horas. Até poderia dizer que em todas as vezes que Math se pegava olhando os olhares da garota, tinha a sensação de que ambos se atraiam, mas em segredo absoluto. Isso era mágico. "Eu poderia dizer o tanto quanto me sinto dela sem realmente ser" pensou Match com a ânsia de querer ir dizer.
- Eu vou.- Sussurrou.
Mas dentro dele a sua parte medrosa lhe tirava a coragem "Vai dizer o que?"
- Vou dizer que ela me atrai.-
continuava a se encorajar.
E ao monologo consigo mesmo pensava "Haha como eu sou bobo e se ela rir de mim?"
Math ficou pensando coisas e mais coisas, como as do tipo "Ela vai me achar um verdadeiro babaca se eu disser isso", "Ou um louco, quem é que fica todo bobo só por um sorriso e um olhar?"
- Ta, eu sei que fico.- Falou em tom baixo para si mesmo.
- Mas que droga, eu quero muito ir.- Continuou ele.
E quando tomou a atitude de ir, o sinal do intervalo tocou.
E aliviado pensou enganando a si mesmo "Ah que pena, deixa para mais tarde"
Math sabia que aquilo foi uma desculpa descarada para convencer a si mesmo de não cometer algo que ele julgava como loucura. E naquele momento ele lembrou algo muito importante do poeta do amor:

"Nossas duvidas são traidoras e nos fazem perder o bem, que com freqüência poderíamos ganhar, se não fosse o simples medo de tentar"

Ficou pensando sobre aquela frase e encostado na parede viu a garota passar bem próximo. Decidiu chamá-la.
- Ei, ei.- Disse ele na tentativa de chamar a atenção da garota.

Match não sabia o nome da garota e infelizmente ela passou sem ao menos ter percebido que ele o chamava.

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