domingo, 9 de maio de 2010

Capitulo 2 - O sonho

O SONHO

O garoto lentamente se desconectava de tudo e sentia seu corpo levemente a flutuar sobre as harmonias de uma musica que tocava de fundo. Math olhou ao seu redor sem entender muito bem e viu um quarto que em suas quatro paredes estavam tomadas por poesias rabiscadas com giz de cera azul, entre outras giz de cera rosa, amarelo e verde. Se aproximando da poesia escrito em rosa leu em voz alta:
- Da tua própria pele eu não quero nem se quer um pedaço. Ela que se desfaça e se refaça mil vezes que nem ligarei. Entenderei quando for o tempo de entender,
chorarei quando for tempo de chorar, só que na verdade quando falo de te amar, meu quando se torna sempre e da tua alma eu me torno parte, me desfazendo e refazendo em você.
Math se sentia cada vez mais preenchido e com mais vontade de ler as poesias. Logo abaixo da que ele tinha acabado de ler, estava ainda em giz de cera rosa um pequeno escrito que dizia:

"Eu vou se você me chamar. E mesmo se nos perdermos no caminho, será contigo."

Math estava dopado de nostalgia, queria saber quem era o responsável por escrever todas essas coisas. E se levantando procurava entre as poesias assinaturas, não conseguiu nem se quer
achar a sigla do nome de alguém. O garoto notou que no quarto não havia porta e nem janelas, apenas 4 paredes brancas escritas com poemas que o embriagavam de paixão. Sentiu uma vontade súbita de se deitar e quando o fez, notou que o céu estava a mostra azul e com poucas nuvens, o lugar não tinha teto.
Ficou por um tempo deitado e seus movimentos lhe davam a sensação de estar flutuando. O garoto sentiu um leve sabor de paixão que lhe passava ao nariz, e a fome de se fartar de um apaixonante pedaço de coração, lhe dava borboletas no estomago. Match sabia que não era a fome de se alimentar como comida, mas a vontade de se alimentar com a alma e a presença de alguém, como se fosse quase impossível viver sem isso. Só que em sua mente lhe fazia perguntas do tipo "Por quem?" e "Por que?".
- Eu não sei responder.- Disse Math
Ate que sentiu uma leve mão cobrir seus olhos e uma adocicada voz a dizer
- Então não as responda.
- Quem é?- Perguntou o garoto.
-
Sou quem lhe deu vontades.- Respondeu a doce voz.
Math começou a pensar e repetidamente o timbre da suave voz lhe tocava aos ouvidos e o garoto não hesitou em dizer:
- Angel?
- Ah assim de primeira?.- Respondeu a voz, tirando suavemente a mão de seus olhos.
Math se levantou e seu coração começou a disparar rapidamente, como se nunca tivesse visto Angel. Começava a observar silenciosamente o seu lindo cabelo loiro e a leve tonalidade branca de sua pele que dava um lindo contraste aos seus olhos verdes.

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