quarta-feira, 12 de maio de 2010

13

Depois que Math riu do modo que seu avô se referiu a barriga, ficou por um tempo em silencio e seu avô logo notou e perguntou:
- O que há meu garoto?
- Nada. Respondeu Math.
- Ah, vai esconder isso do seu amigão aqui?- Insistiu seu avô.
- Ainda não é tempo de comentar.- Disse Math.
- Então você me promete contar, quando for o tempo?- Perguntou seu avô.
- Com toda certeza!.- Disse sorrindo Math.
O garoto não sabia se era a hora certa de dividir aquele sentimento com mais alguém a não ser que tivesse toda a certeza do mundo. Isso era importante, como poderia ele dizer que amava e talvez de um tempo afirmar que só foi uma leve brisa do amor, isso seria muita infantilidade.
Ficaram conversando por mais algum tempo sobre coisas banais, que mesmo não sendo da importância de Math ele se sentia no dever de mostrar interesse. Até que olhou para o relógio e viu que já estava na hora de ir para escola, se levantando disse:
- Vô, tenho que tomar banho para ir para escola.
- Então vá, ficarei conversando com sua mãe.- Respondeu Sebastiam.
- Ok, te aviso quando for sair.- Disse Math indo em direção da escada.
Math subiu as escadas e já não podia esquecer os pensamentos que estavam sempre ligados a Angel. Ele olhava para o quadro de balas que tinha no corredor, e lembrava de doce e doce lembrava a voz de Angel. Entrando no seu quarto, olhou o espanador com penas e penas lembravam asas, que lembrava Anjos, que lembrava enfim o seu nome: Angel. Era uma loucura gostosa de sentir, era um vai e vem de palavras que se misturavam e sempre formavam Angel. Até pensava que essa paixão estava se tornando rapidamente um jogo de enigmas, aonde o objetivo era firmá-los nos lábios de Angel, pedaço a pedaço.
Mas logo após ter olhado o quadro e o espanador, balançou a cabeça e disse em voz alta:
- Uau estou ficando louco.- E rindo completou.- Ótimo.
Seguiu para o Banheiro feliz da vida.

Depois de ter tomado banho, se vestido e escovado os dentes, bagunçou o cabelo em frente ao espelho, que tinha um lindo penteado natural. Resolveu desligar o computador e descer para avisar sua mãe que já estava pronto para ir para escola.
- Mãe pode me levar?.- Perguntou Math
- Esta atrasado?.- Perguntou também sua Mãe.
- Não, não estou.- Respondeu Math, imaginando que ela não o levaria.
- Então pegue esse dinheiro e vá de ônibus. Tenho que conversar mais coisas com o seu avô e terminar alguns serviços.- Respondeu sua mãe.
Math não respondeu, claro que achou a idéia péssima de ter que ir de ônibus. Só que realmente ela não estava indo pela escola, mas sim por outros motivos, alias; uma única motivação, Angel.
Subiu para pegar sua mochila e depois descendo se despediu de sua mãe e de seu avô e seguiu em direção ao ponto de ônibus que ficava a duas quadras de sua casa. O garoto andava um pouco diferente dos outros dias, com a cabeça mais erguida, as vezes batia com o pé entre as elevações que existiam nas calçadas, se desequilibrando e logo rindo de si mesmo.

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